Como artista contemporâneo, Morenu transita livremente entre as diferentes linguagens, por vezes construindo obras híbridas trans-disciplinares que levam o espectador a refletir sobre o nosso papel na sociedade, com elementos críticos à política e aos problemas sociais, com uma tonalidade diferente daquela que costumamos ver nas obras de conteúdo político, já que não há elementos político-partidários no seu trabalho.
“DEFINO MEU TRABALHO COMO UM INCANSÁVEL PERCURSO PELO UNIVERSO DAS LINGUAGENS, COM RECORTES TEMPORAIS QUE INCLUEM ELEMENTOS DA HISTÓRIA DA ARTE QUE ME SÃO GRATOS E QUE MARCARAM A MINHA INFÂNCIA E JUVENTUDE. COLOCO AQUI O EXPRESSIONISMO ALEMÃO E O EXPRESSIONISMO ABSTRATO COMO MARCOS SEMPRE PRESENTES NO MEU INCONSCIENTE, QUE POR VEZES MATERIALIZAM-SE NAS MINHAS OBRAS, PORÉM SEM QUE ISTO POSSA CLASSIFICAR O MEU TRABALHO COMO DERIVADO DESTES DOIS MOVIMENTOS E SIM COMO UMA AMALGAMA DO MEU CONTEXTO DE VIDA, COM ALGUMAS PITADAS DISTO OU DAQUILO”
MORENU, BRASÍLIA 2017
Em entrevista para o programa UmArtista, Canal Arte Um
Assim, a obra de Morenu é marcada pela constante mutação, própria da arte contemporânea, afastando-se da idéia modernista do “estilo”, como uma característica única e inerente ao artista. Desta forma, as séries denotam o interesse do artista por determinada temática ou exploração de elementos relativos a elas próprias, que não necessariamente vão se perpetuar ao longo dos anos e séries futuras.